8.9.09

Dora.

devotada. olhando pedindo, calando a voracidade de um amor pagão que ali encontra a natureza linear de uma dona de ângulos simples. olhando bolinando, contraindo um sorriso campestre com cheiro de capricho, de maldade ingênua, de pecado de chita. de terra vermelha.

ela cala quando não pode mais, e busca na mirada dalgum lugar alhures a solução que não virá. e depois me procura, e esconde o rosto no labirinto de meus braços entrelaçados.

mas não se demora em buscar minhas mãos e encaminhá-las com insistência à raiz da fúria guardada e discreta. não se demora e faz-se prostrada, escrava temente, passiflora demente, a mera. não se demora e...

...e depois se aquieta. não fuma porque não sabe se perder. não bebe porque não conhece os abismos da alma. emudece e drome-negrita.

devotada. quisera um mundo simples como sua alma, adocicada como os arbustos de macela das encostas mantiqueiras.

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