8.9.05

improvaveis efemerides 03

Em 04 de Abril de 1500, o português Joaquim Manoel de Souza realizou a última refeição à bordo da nau que, pouco depois, atracaria nas areias de Pindorama. Vitimado por um súbito mal-estar, vacilou nas muradas do convés, e acabou virando comida de tubarão. Considerado o primeiro mártir do Descobrimento, sua saga foi relatada nas cartas de Pero Vaz, mas as respectivas páginas foram devoradas por um perturbado tupinambá.


Em 08 de Abril de 1972 o Zé Pereira correu até o orelhão mais próximo, para saudar em tempo sua madrinha Georgina pelo 64º aniversário. O aparelho era clandestino e a conversa, cifrada e grampeada, serviu de fonte para militares apreenderem material bélico de subversivos em uma residência na zona sul do Rio. O sargento Pereira foi condecorado. Georgina, hoje aos 97 anos, passa bem em Muribeca dos Guararapes.


05 de Abril de 1744 foi o dia em que Jean Jacq Jeguillot apertou o último parafuso. Quatro dias depois, porém, um suspeito incêndio destruiria sua garagem, e junto a primeira promessa de sucesso em forma de aparelho voador mais pesado que o ar.


Na noite de 12 de Abril do ano de 1986, um senhor calvo e sem pálpebras esperava, como há longos 53 anos, reclinado nas rochas à beira-mar da ilha de Lençóis, Maranhão, a volta do rei D. Sebastião. Por volta da meia-noite, testemunhas garantem ter ouvido os relinchos de um cavalo, embora a ilha não possua espécime algum do animal. Devido à forte tempestade que se seguiu, ninguém pôde confirmar a facticidade do fenômeno. O tal senhor, de nome ignorado, nunca mais foi visto na ilha.
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